A construção de um sistema completo de abastecimento de água requer muitos estudos, investimentos e pessoal altamente especializado. No estado de Minas Gerais, esse abastecimento é feito pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais- COPASA. Para iniciar-se os trabalhos, é necessário definir-se:
- A população a ser abastecida;
- A taxa de crescimento da cidade;
- Suas necessidades industriais.
Com base nessas informações, o sistema é projetado para servir à comunidade, durante muitos anos, com a quantidade suficiente de água tratada.
Um sistema convencional de abastecimento de água é constituído pelas seguintes unidades:
- Captação;
- Estação de tratamento (ETA);
- Reservação;
- Redes de distribuição;
- Ligações domiciliares.
A captação da água na RMBH (Região Metropolitana de Belo Horizonte) é feita de maneira superficial, e é alimentada por vários rios, sendo os dois principais: o Rio das Velhas e o Rio Morro Redondo - este último, hoje, é o único localizado dentro do município de BH. O maior dos sitemas, o Velhas, tem vazão média de água de 5.200 L/s, e abastece aproximadamente 62% da população de Belo Horizonte e 97% da população de Sabará. Aproximadamente 90% da água do Velhas vêm para BH, e os demais sistemas destinam água para os 38% restantes da cidade.
Depois da captação, a água segue para a unidade de adução, que a direciona às ETA's, onde ela passa por vários processos com a finalidade de deixarem-na potável. Saindo das ETA's, uma parte da água é armazenda na unidade de Reservação. Isso ocorre por dois motivos: manter a regularidade do abastecimento, mesmo quando é necessário parar a produção, e atender às demandas extraordinárias, como nos meses de verão e no horário de almoço.
A outra parte da água segue para as redes de distribuição, onde passa por vários canos sob a pavimentação das ruas da cidade para chegar às residências. Chegando nas residências, ela passa pelas ligações domiciliares que unem a rede de distribuição à rede interna, fazendo com que a água chegue às torneiras, chuveiros, etc.. Para controlar, medir e registrar a quantidade de água consumida em cada imóvel, instala-se um hidrômetro conectado às ligações. Veja abaixo:
A tarifa mínima da COPASA dá direito a um consumo residencial de 6 m³ de água por mês. Ultrapassando esse limite, a conta é calculada sobre a quantidade de litros consumida e registrada pelo hidrômetro. Atualmente a conta de água é calculada levando em conta a faixa de consumo.
De acordo com a COPASA, os moradores da RMBH podem ficar despreocupados com relação ao racionamento de água, pois os sistemas de abastecimento da região possuem capacidade instalada superior que a demanda da região. Ainda assim, existem bairros em BH que convivem com a escassez de água tratada, como os bairros Vila Esportiva, Santa Clara e Jardim Daliana, entre outros. Veja:
Mesmo que a maior parte dos bairros de BH possua água, assim como em outros municípios da Região Metropolitana, sabemos que a realidade não se extende a todos, por isso, é importante que sejam feitos investimentos em parceria com a Copasa, criando projetos, como uma ampliação na rede de abastecimento de água e também a reparação ou melhora na eficiência das redes já existentes, para então poder suprir bem as necessidades de toda a população, acabando assim com essa escassez e garantindo água potável a toda a população.