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Problemas vão desde vazamentos nas ruas até calçadas lavadas com mangueira. Enquanto isso, outras cidades mineiras adotam medidas para garantir o abastecimento

Calçadas “varridas” com água de mangueira, hidrantes que não param de pingar, torneiras estragadas ou mal fechadas em casas e lojas, toldos lavados com exagero, canos arrebentados em praças e avenidas e ainda os populares “gatos” (furtos). São muitas as causas de desperdício em Belo Horizonte e no interior. Mesmo diante da longa estiagem e consequente redução nos reservatórios, com risco de desabastecimento, a capital segue desperdiçando à vontade, menos quem já percebeu o tamanho da escassez e faz racionamento por conta própria. Enquanto isso, outras cidades mineiras adotam medidas para garantir o abastecimento.

Para quem gosta de ficar muito tempo no banheiro, é bom saber que 30% do consumo doméstico vai para sanitários, chuveiros e pias. E mais: 10 segundos apertando a descarga representam 20 litros descendo pelo vaso. Uma boa notícia é que, segundo a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), o consumo médio diário de água na capital e região metropolitana é de 200 litros por habitante, o dobro do preconizado pela Organizaç

POÇO ARTESIANO

sosriosdobrasil.blogspot.com

ão Mundial de Saúde (OMS). Mesmo com a boa oferta, é bom ficar atento às dicas de economia.

A água caindo do hidrante chamou a atenção de Renata Melo, casada, mãe de dois filhos, moradora do Bairro Bandeirantes, na região da Pampulha. Aproveitando o horário do almoço para fazer caminhada, ela se surpreendeu ao ver o equipamento com defeito na esquina da Avenida Novara

 com a Rua Palermo. “Na terça-feira, houve um vazamento grande do outro lado da rua. Esguichou muita água mesmo, veio uma equipe e fez o reparo”, diz Renata, indicando um trecho do passeio recém-cimentado e com faixa de segurança. “De gotinha em gotinha vamos perdendo um bem que vale ouro”, afirmou a gestora de processos industriais.

Mãe de dois adolescentes, Renata lembrou que a consciência é o mais importante para evitar perdas. “Em casa, fazemos o controle do consumo mensal de água para

não passarmos do limite. Fico com medo de haver racionamento e sermos obrigados a acabar com a nossa horta. Água vale ouro e temos que saber bem disso”, ensina, lembrando que também aproveita água da chuva.

Basta andar pelos bairros, em todas as regionais da capital, principalmente pela manhã, para ver que a vassoura sempre é substituída pela mangueira na hora da faxina. Nessa sexta-eira não foi diferente, quando a reportagem do Estado de Minas percorreu bairros de classe média alta e de baixa renda. Na Rua Martin Luther King, no Cidade Nova, Região Nordeste, Elias Vieira de Jesus, empregado de uma casa, lançava a água para, segundo ele, “tirar o pó de asfalto, areia e resíduos” que ficam na calçada. Moradora do endereço há 42 anos, a proprietária Nancy Maria Ferreira explicou que o passeio, agora, só é lavado uma vez por semana. “A gente fica preocupada, pois pode faltar água”. Ouvindo a conversa, Elias complementou: “O planeta precisa desse recurso, sem ele não tem vida”. E fechou a torneira.
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Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/03/15/interna_gerais,508128/risco-de-desabastecimento-e-racionamento-de-agua-nao-evita-desperdicio-em-bh.shtml


Já na Rua Gustavo da Silveira, no Instituto Agronômico, Região Leste, o aposentado Nilton Ramos lavava tranquilamente a calçada. “Só faço isso de 15 em 15 dias. E aproveito para molhar o meu pezinho de boldo”, apontou a planta de poderes medicinais em frente à casa. 

Na Avenida Silviano Brandão, no Bairro Floresta, funcionárias de lojas de móveis também se dedicavam ao trabalho – com muita água. “Aqui tem muita poeira, então não tem outro jeito”, revelou uma faxineira. Quase ao lado, outra empregada explicava que “isso só ocorre uma vez por mês”. 

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Dicas para evitar desperdício  de água:


» Se notar variação anormal de consumo em sua conta, procure localizar possíveis fontes de vazamento, como va sos sanitários e torneiras

» Antes de lavar a louça na cozinha, retire os restos de comida e mantenha a torneira fechada enquanto estiver ensaboando

» A mesma água pode ser usada mais de uma vez nas atividades domésticas. Um bom exemplo 

é aproveitar a água armazenada em balde para lavar carro, pisos ou outros locais da casa

» Água não é vassoura. Evite “varrer” a calçada com água. 

» Se possível, acumule o máximo de roupas para lavá-las de uma vez só. Enquanto escovar ou ensaboar as peças, a torneira deverá ficar fechada

» Ao fazer a barba ou escovar os dentes, mantenha a torneira fechada.  Abra somente quando e pelo tempo necessário

» Banhos demorados devem ser evitados. Somente cinco minutos são suficientes para higienizar todo o corpo. Barbear ou lavar peças de roupa são práticas que devem ser evitadas debaixo do chuveiro

» Quando for lavar o carro, reserve a água em um balde. Assim não haverá tanto desperdício

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A água que consumimos, retirada de poços artesianos, apresenta boa qualidade quanto à pureza bacteriológica, porém, deixa a desejar na parte física e química.

A água potável distribuída pela COPASA apresenta um alto índice de dureza (quantidade de minerais nela dissolvidos, presença de calcário) e outros materiais em suspensão, além de não ter um sabor agradável, obrigando todos nós conviver e absorver os prejuízos: 

- Compra periódica de garrafão de água mineral.

- Redução da vida média das resistências elétricas pelo acúmulo do calcário, aumentando o consumo de energia dos chuveiros, saunas e aquecedores. Com isto, há uma gasto maior com a

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 manutenção.

- Desagradável limpeza periódica da grelha dos chuveiros e dos filtros instalados 

na rede próximo ao hidrômetro. Uma observação: o consumidor arca com a despesa de completar o tratamento da água, instalando este sistema de filtragem, que deveria ser obrigação da empresa prestadora de serviços.

- A água fica mais turva quando há manutenção e limpeza da rede de distribuição, visto que a maior parte da rede foi construída nas décadas de 70 e 80, com poucas caixas de descarga, o que provoca o fluxo de impurezas nas próprias residências.

- Gasto maior com produtos de limpeza (sabão e detergente). Os talheres de aço inox, metais, torneiras, copos de vidros, perdem o brilho; panelas, canecos de ferver água ficam impregnados de calcário; e donas de casa queixam da qualidade final da roupa após lavar.

A Secretaria da Saúde e a propria Copasa informam que a água ingerida não faz mal. Mesmo assim, parte da população fica receosa em beber, prevenindo contra o cálculo renal.

Tais problemas e discussões só terminarão quando o nosso sistema de abaste

cimento for interligado ao de Belo Horizonte, onde a origem da água é de fontes naturais, como rios e barragens.

Livrando a água dos resíduos da calcificação, que pode ser comparado ao mau colesterol presente no corpo humano, teríamos: •Menor calcificação nas peças;• Maior duração das torneiras;• Àgua mais límpida e purificada;• Economia nos custos de reparação e manutenção. 


É bom lembrar que a exploração dos serviços de abastecimento da água potável é uma concessão do município para a Copasa.
Assim, a Prefeitura poderia sempre exigir uma qualidade melhor da água e um eficiente serviço de coleta de esgoto.
O consumidor desconhece sua força para lutar por seus direitos perante as empresas prestadoras de serviços publicos.
obs.: Hoje, o maior volume de água consumida vem de poços artesianos da região de Confins. Por isto melhorou o aspecto turvo da coloração. 
A maioria dos poços artesianos localizados na margem da lagoa central estão desativados. Somente o que atende o bairro da Várzea está em operação. 



Copasabh

 

Agua
Caneco cafe




Chuveiro
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