O poema 'O espírito e a carne' foi ecrito por Gregório de Matos:
O espírito e a Carne
Minha rica mulatinha,
desvelo e cuidado meu, eu já fora todo teu, e tu foras toda minha;
Juro-te, minha vidinha, se acaso minha qués ser, que todo me hei de acender em ser teu amante fino pois por ti já perco o tino, e ando para morrer.
Análisando o poema:
Título: O título traz ideias opostas: o espírito (a santidade, o sagrado) e a carne ( o profano, o pecado). Essa dualidade, contra posição é típica da literatura e da produção barroca em geral.
Primeira estrofe: O autor demostra seu carinho, afeto por uma mulher e mostra que no passado já se relacionaram. Gregório se refere a uma 'mulatinha', as escravas, de condições sociais inferiores na época.
Segunda estrofe: Gregório propõe, caso sua morena aceitar, que voltem se relacionar. E declara que o imenso amor que sente por ela o deixa bobo e que sem ela morrerá.
Gabriela Moreira - 101